30 anos da Revolução Sandinista na Nicarágua
“Viva Zapata!
Viva Sandino!
Viva Zumbi!”
Viva Sandino!
Viva Zumbi!”
Chico Science.
O escritor Eduardo Galeano conta que certa vez em visita aos EUA na cidade de Chicago e que inutilmente procurou por lá por uma praça, estátua ou placa que fizesse referência aos trabalhadores assassinados em 1º de maio de 1886.
O Governo americano não permitiu a conservação da memória coletiva daquele fato histórico relevante ao mundo e à luta dos trabalhadores por qualidade de vida convertido no dia mundial do trabalhador e da trabalhadora em 1889.
Os vitoriosos do mundo têm o hábito de reescrever a história várias vezes contando-a sempre a partir de sua visão das coisas. Os países que fazem uma política diferente do “American way of life”, o estilo de vida americano, centrado no consumismo e no imperialismo capitalista são fácil e docemente chamados de ditaduras, de membros do “eixo do mal”. Quem nos seu dia a dia não se pergunta se o presidente venezuelano Hugo Chávez Frias não é mesmo um ditador? Os meios de comunicação hegemônicos colocam sempre as posturas de Chávez como as de um beligerante, expansionista e ditador. Caso conhecido foi a não renovação da concessão pública a um canal de TV em maio de 2007 por critérios técnicos e que na imprensa internacional e do Brasil foi classificado ato ditatorial.
A mesma imprensa não tratou de igual modo ao grupo que tentou o golpe de estado na Venezuela em 2003 quando o presidente Chávez foi seqüestrado e levado para um local desconhecido e anunciou-se que ele havia fugido do país.
De imediato o governo americano reconheceu o novo governo na Venezuela até que por pressão da população de Caracas na sua maioria favelados e excluídos de desfrutar dos ganhos da exploração dos recursos naturais do país anteriores ao governo Chávez unidos aos militares fiéis ao presidente e à constituição do país destituíram o falso governo provisório e exigiram o retorno do presidente ao país.
Em outro momento falaremos mais sobre o governo venezuelano. Hoje gostaria neste nosso espaço de falar um pouco sobre a Revolução Sandinista da Nicarágua.
Na segunda e terceira décadas do século XX, o líder político nicaragüense Augusto Cesar Sandino comandou um pequeno grupo de homens que em guerra de guerrilhas expulsou os militares estadunidenses da Nicarágua.
Sandino foi assassinado por ordem de Anastázio Somoza em 1936 quem passou a exercer um poder familiar no país. A dinastia dos Somoza duraria 43 anos e foi mantida pelo governo americano que a rotulava a despeito da corrupção e da violência contra a população como sendo uma democracia e um dos defensores do “mundo livre”, ou seja, o que favorecia os interesses do governo de Washington.
Exatamente há 30 anos, em 19 de julho de 1979 o movimento revolucionário Frente Sandinista de Libertação Nacional vencia a Anastásio Somoza Debayle, “El Tachito”.
Imediato à vitória dos Sandinistas entra em ação o governo dos EUA através de guerra econômica, financiamento dos Contras e a pressão diplomática que impediram ao governo revolucionário nicaragüense combater a fome e a pobreza tendo de voltar sua ação à resistência contra estes adversários.
Os chamados “Contra” nicaragüenses eram grupos financiados pela CIA (Agência de Inteligência dos Estados Unidos) para tentar derrubar ao governo socialista Sandinista. O presidente Ronald Reagan destinou em 1986 o valor de 70 milhões de dólares para custear os mercenários que combatiam o governo nicaragüense com ações de terrorismo, sabotagens, assassinatos de professores e médicos que trabalhavam no interior da Nicarágua tentando melhorar os péssimos índices sociais do país.
Outros 30 milhões de dólares foram destinados por Washington para custear as ações não letais contra o governo revolucionário sandinista.
Os Sandinistas promoveram a reforma agrária, aumentaram a alfabetização e os índices de saúde da população durante seu governo que durou até 1990. Porém, os grupos mercenários e a chamada Guerra Suja dos EUA trazia grande violência, bloqueio econômico, assassinato de líderes comunitários.
As más condições econômicas e a promessa de paz em caso de uma derrota Sandinista e que supostamente se manteria as melhorias da qualidade de vida do povo ajudaram a eleger a Violeta Chamorro, oposição aos Sandinistas, como presidenta. Seu governo iniciou o neoliberalismo na Nicarágua e os poucos ganhos sociais alcançados no período Sandinista foram por água abaixo.
Recentemente em 2007, Daniel Ortega foi eleito novamente presidente da Nicarágua pela Frente Sandinista de Libertação Nacional que hoje é um partido. Ortega recebeu a Nicarágua na condição de o terceiro país mais pobre do continente. O mesmo país que Ronald Reagan e a CIA diziam que colocava os EUA em perigo por ser um agente do comunismo internacional em 1981, que contava com exatamente apenas três elevadores em edifícios de todo o país.
Galeano diz em um dos seus textos que viu um cartaz numa loja de discos na mesma Chicago que dizia assim: Enquanto os leões não escreverem seus próprios livros de história, das caçadas na África conheceremos apenas história dos caçadores.
Em mais este 19 de julho gritamos:
O escritor Eduardo Galeano conta que certa vez em visita aos EUA na cidade de Chicago e que inutilmente procurou por lá por uma praça, estátua ou placa que fizesse referência aos trabalhadores assassinados em 1º de maio de 1886.
O Governo americano não permitiu a conservação da memória coletiva daquele fato histórico relevante ao mundo e à luta dos trabalhadores por qualidade de vida convertido no dia mundial do trabalhador e da trabalhadora em 1889.
Os vitoriosos do mundo têm o hábito de reescrever a história várias vezes contando-a sempre a partir de sua visão das coisas. Os países que fazem uma política diferente do “American way of life”, o estilo de vida americano, centrado no consumismo e no imperialismo capitalista são fácil e docemente chamados de ditaduras, de membros do “eixo do mal”. Quem nos seu dia a dia não se pergunta se o presidente venezuelano Hugo Chávez Frias não é mesmo um ditador? Os meios de comunicação hegemônicos colocam sempre as posturas de Chávez como as de um beligerante, expansionista e ditador. Caso conhecido foi a não renovação da concessão pública a um canal de TV em maio de 2007 por critérios técnicos e que na imprensa internacional e do Brasil foi classificado ato ditatorial.
A mesma imprensa não tratou de igual modo ao grupo que tentou o golpe de estado na Venezuela em 2003 quando o presidente Chávez foi seqüestrado e levado para um local desconhecido e anunciou-se que ele havia fugido do país.
De imediato o governo americano reconheceu o novo governo na Venezuela até que por pressão da população de Caracas na sua maioria favelados e excluídos de desfrutar dos ganhos da exploração dos recursos naturais do país anteriores ao governo Chávez unidos aos militares fiéis ao presidente e à constituição do país destituíram o falso governo provisório e exigiram o retorno do presidente ao país.
Em outro momento falaremos mais sobre o governo venezuelano. Hoje gostaria neste nosso espaço de falar um pouco sobre a Revolução Sandinista da Nicarágua.
Na segunda e terceira décadas do século XX, o líder político nicaragüense Augusto Cesar Sandino comandou um pequeno grupo de homens que em guerra de guerrilhas expulsou os militares estadunidenses da Nicarágua.
Sandino foi assassinado por ordem de Anastázio Somoza em 1936 quem passou a exercer um poder familiar no país. A dinastia dos Somoza duraria 43 anos e foi mantida pelo governo americano que a rotulava a despeito da corrupção e da violência contra a população como sendo uma democracia e um dos defensores do “mundo livre”, ou seja, o que favorecia os interesses do governo de Washington.
Exatamente há 30 anos, em 19 de julho de 1979 o movimento revolucionário Frente Sandinista de Libertação Nacional vencia a Anastásio Somoza Debayle, “El Tachito”.
Imediato à vitória dos Sandinistas entra em ação o governo dos EUA através de guerra econômica, financiamento dos Contras e a pressão diplomática que impediram ao governo revolucionário nicaragüense combater a fome e a pobreza tendo de voltar sua ação à resistência contra estes adversários.
Os chamados “Contra” nicaragüenses eram grupos financiados pela CIA (Agência de Inteligência dos Estados Unidos) para tentar derrubar ao governo socialista Sandinista. O presidente Ronald Reagan destinou em 1986 o valor de 70 milhões de dólares para custear os mercenários que combatiam o governo nicaragüense com ações de terrorismo, sabotagens, assassinatos de professores e médicos que trabalhavam no interior da Nicarágua tentando melhorar os péssimos índices sociais do país.
Outros 30 milhões de dólares foram destinados por Washington para custear as ações não letais contra o governo revolucionário sandinista.
Os Sandinistas promoveram a reforma agrária, aumentaram a alfabetização e os índices de saúde da população durante seu governo que durou até 1990. Porém, os grupos mercenários e a chamada Guerra Suja dos EUA trazia grande violência, bloqueio econômico, assassinato de líderes comunitários.
As más condições econômicas e a promessa de paz em caso de uma derrota Sandinista e que supostamente se manteria as melhorias da qualidade de vida do povo ajudaram a eleger a Violeta Chamorro, oposição aos Sandinistas, como presidenta. Seu governo iniciou o neoliberalismo na Nicarágua e os poucos ganhos sociais alcançados no período Sandinista foram por água abaixo.
Recentemente em 2007, Daniel Ortega foi eleito novamente presidente da Nicarágua pela Frente Sandinista de Libertação Nacional que hoje é um partido. Ortega recebeu a Nicarágua na condição de o terceiro país mais pobre do continente. O mesmo país que Ronald Reagan e a CIA diziam que colocava os EUA em perigo por ser um agente do comunismo internacional em 1981, que contava com exatamente apenas três elevadores em edifícios de todo o país.
Galeano diz em um dos seus textos que viu um cartaz numa loja de discos na mesma Chicago que dizia assim: Enquanto os leões não escreverem seus próprios livros de história, das caçadas na África conheceremos apenas história dos caçadores.
Em mais este 19 de julho gritamos:
Viva Sandino e os Sandinistas!
VIVA JUNTO A TODOS LOS QUE ACOMPAÑARON SOSTUVIERON PELEARON MURIERON CON, POR ÉL Y LA LIBERTAD
ResponderExcluirSandra Gracias por escribir.
ResponderExcluirPor supuesto nadie constrói nada solo, este es de hecho nuestro mayor desafío hoy
? No?
Sandino y sus compañeros tuvieron el mismo valor que cada hombre o mujer que luchó por la justicia contra todas las dictaduras que ha asoladp nuestra América.
Besos.