domingo, 5 de julho de 2009












James, Mano e Carlinhos Brown.

A beleza de Emanuelle Araújo e a simpatia de Lázaro Ramos quase o salvaram. Mas desde o início da música Velha infância, cantou e muito mau. O constrangimento foi perceptível. Passavam das duas da manhã. Saltos e gritos para fazer-se visto. Não errou quem lhe atirou copos vazios de água mineral no evento no Rio há anos atrás.

Inegável. Os anos 1990 foram de Marisa Monte com seus três álbuns (verde, anil, amarelo, cor de rosa e carvão, Mais e Barulhinho Bom) na primeira metade dos 2000 os Racionais Mcs’, com o excelente Sobrevivendo no Inferno e o restante dos anos dois mil foram os de Arnaldo Antunes e Nando Reis com suas letras no Acústico de Titãns, Tribalistas, Castelo Ratim Bum CDs de Marisa Monte e no caso de Nando no acústico de Cássia Eller.

E Carlinhos Brown?
Foi levado a reboque nos Tribalistas por ser dono de boa percussão musicalidade e mais nada.

Nem Marisa nem Antunes aparecem na mídia nos últimos tempos e menos ainda o Mano Brown do qual sei que existe uma única entrevista ao Roda Viva na qual o gênio das periferias de São Paulo mostra sua visão em menos de uma hora de programa. E Carlinhos Brown?

Ser genro de Chico Buarque não lhe basta e por isso sempre recorre ao patrocínio da cerveja Bhrama e da Globo seja em qual programa for incluindo o BBB 9. Dança, Canta e ri. É o escravo da Casa Grande. “Danda pra ganhar didin” como o pequeno Macunaíma. Acompanhado pela Rita Lee. Quem é ela?

Irrelevante na música nacional segue sua global missão de fazer crer que o Brasil foi feito pela união de três raças e não pela violência e poder de uma que chama aos mais dóceis escravos para aparecer na tela da casa grande a servir e rir para o Chefe de plantão.

Enquanto James e Mano passarão à história como musicalidade e inovação, com orgulho Brown ou Black, Carlinhos será lembrado até que apareça outro que dance melhor a dança dos donos da TV. Desperdiça sua negritude, beleza física e talento musical por falta de esclarecimento.

2 comentários:

  1. Depois de toda grande tormenta vem a bonança.... Desilusões, indignação pelo "sub-uso" de talentos, porém feliz com a nossa raíz e a negritude de nossa musicalidade....
    Há anos nosso samba vem sofrendo com uma "crônica de uma morte anunciada", porém o que vemos é a Fenix mais forte que nunca, brotando e dando lindas folhas como Maria Rita, Roberta Sá, Seu Jorge, Mariana Aydar, entre outros que buscam na raíz a essencia do samba que dia a dia nos faz mais feliz.....
    POR ISSO : SENTE SAMBA QUENTE QUE É MUITO LEGAL, É SUPER PRA FRENTE É BEM GENIAL, EMBALO COMO ESSE SÓ QUEM VAI CURTIR... QUE NÃO SE MACHUCAR QUANDO DEIXA CAIR...
    É O FAMOSO 16 TONELADAS....

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  2. É interessante como que o mano brown, apesar de quase não ter frequentado a escola, ser filho de mãe semi-analfabeta e não possuir nível cultural elevado; consegue com suas letras e estilo musical, despertar na periferia um sentimento de consciência coletiva e percepção da realidade de forma quase sublime, apesar de nem sempre ser por letras doces e gentis. É bom saber que existe um grupo de rap que foi criado há mais de 15 anos e conseguiu atingir milhões de pessoas sem o apôio da mídia global e que até hoje, este mesmo grupo, já conhecido no Brasil inteiro, se recusa à aparecer em programas de tv, conceder entrevistas à jornais, revistas e outros manipuladores do sistema.
    Viva à consciência e coragem daqueles que lutam e enfrentam o sistema!

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